Informação sobre hipotireoidismo, causas, sintomas, prevenção e tratamento do hipotireoidismo, identificando os diversos tipos existentes.


Dieta para hipotireoidismo, alimentação adequada

Listamos as principais recomendações nutricionais no Hipotireoidismo:

Preferir:
  • Alimentos laxativos para corrigir a obstipação frequente: abacaxi, agrião, alface, ameixa seca, berinjela, pimentão vermelho e amarelo, quiabo, cenoura crua, beterraba crua, cereais integrais, aveia em flocos, mamão, laranja;
  • 1 a 2 litros de água por dia;
  • Submeter a cocção: repolho, couve-de-bruxelas, couve, nabo, mandioca, brócolis, couve-flor, soja, amendoim (contêm substâncias bociogênicas que bloqueiam a captação de iodo pela glândula tireóide);
Para adequada função da tireóide:
  • Alimentos ricos em zinco: agrião, pasta de gergelim, carne bovina magra, salsinha;
  • Alimentos ricos em cobre: nozes, castanha, fígado, crustáceos, uva passa e abóbora;
    Sal iodado, peixes e frutos do mar (fontes de iodo);
  • Azeite de oliva extravirgem (eleva HDL-c e reduz LDL-c);
  • Alimentos ricos em ferro: feijão, grão de bico, lentilha, ervilha, carne bovina magra (patinho, coxão mole/duro, músculo, alcatra).
Evitar:
  • Gordura saturada: óleo e leite de coco, manteiga, leite integral, queijos amarelos, bacon, toucinho, carne bovina gorda (acém, contrafilé);
  • Gordura trans: margarina com 80% de lipídios, biscoitos recheados, bolos industrializados, congelados industrializados, folheados;
  • Sal (cloreto de sódio) e alimentos ricos em sódio: enlatados, embutidos, azeitona, caldo de carne em cubos, carne-seca, leite em pó.

Diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo

Tanto o hipotireoidismo como o hipertireoidismo estão relacionados com os níveis hormonais do seu corpo, pode ser difícil dizer se você está sofrendo de um ou do outro. Se você perceber algum dos sintomas citados abaixo, fale com seu médico. Uma simples análise de sangue é capaz de determinar se você é hipotireóide, hipertireóide ou, talvez, nenhum dos dois.

Sintomas do hipotireoidismo:
  • Depressão
  • Esquecimento
  • Pele e cabelos secos
  • Rosto e olhos inchados
  • Intolerância ao frio
  • Ganho de peso
  • Constipação
  • Menstruação pesada
  • Falta de concentração
  • Cansaço
  • Transpiração reduzida
  • Dor nas articulações
Sintomas do hipertireoidismo:
  • Batimento cardíaco acelerado ou irregular
  • Nervosismo
  • Dificuldade em adormecer
  • Aumento da transpiração
  • Intolerância ao calor
  • Mãos trêmulas
  • Perda de peso
  • Fadiga
  • Menstruação leve ou falta de menstruação
  • Ansiedade
  • Dor nas articulações
Como cada corpo humano é diferente dos outros, em cada pessoa o nível de gravidade destes sintomas pode ser diferente. Se você tem estes sintomas, isso em si já é motivo suficiente para procurar orientação médica. É importante ver o que pode ser feito a respeito destes sintomas, para você se sentir melhor.
Como, além disso, os hormônios podem ser afetados por fatores externos, convém que você faça as seguintes perguntas:
  • Passei por alguma tensão ultimamente?
  • Andei me alimentando adequadamente, com uma dieta saudável e balanceada?
  • Fiquei mais ocupado do que habitualmente?
É importante pensar nestes aspectos antes de consultar o seu médico, porque com isso você poderá dar a ele uma idéia melhor de como avaliar seu quadro clínico.

Hipotireoidismo durante gravidez

Hipotireoidismo não tratado durante a gravidez pode aumentar a incidência de hipertensão materna, pré-eclampsia, anemia, hemorragia pós-parto, disfunção cardíaca ventricular, aborto espontâneo, morte fetal ou ao nascimento, baixo peso ao nascer e, possivelmente, desenvolvimento cerebral anormal.
O hipotireoidismo materno, mesmo leve ou assintomático, quando não tratado durante a gravidez, pode ter efeitos adversos no desenvolvimento neuropsíquico da criança.
Quando uma mulher com hipotireoidismo ou com tireoidite crônica engravida, a função tireoidiana pode mudar. De modo geral, a dosagem dos hormônios tireoidianos deve ser aumentada em pacientes com moderado a grave hipotireoidismo. Deve-se medir o TSH sérico desses pacientes a cada 6 semanas durante a gravidez.

Tratamento do hipotireoidismo no recém-nascido

No recém-nascido, o hipotireoidismo constitui emergência pediátrica. Embora seja necessária exploração laboratorial mais apurada para o diagnóstico de certos defeitos, esta deve ser colocada em segundo plano, em favor da medicação. O objetivo é fornecer à criança HT para suas necessidades metabólicas atendendo em especial à integridade de seu crescimento e desenvolvimento.
Admite-se que crianças tratadas adequadamente nos três primeiros meses de vida terão 50% de chance de alcançar Ql normal.

Sintomas do hipotireoidismo

A insuficiência da tireóide provoca uma decadência geral das funções do organismo. Em acentuado contraste com o hipertireoidismo, os sintomas do hipotireoidismo são subtis e graduais e podem ser confundidos com uma depressão. As expressões faciais são toscas, a voz é rouca e a dicção lenta; as pálpebras estão caídas, os olhos e a cara tornam-se inchados e salientes. Muitos doentes com hipotireoidismo aumentam de peso, têm prisão de ventre e são incapazes de tolerar o frio. O cabelo torna-se ralo, áspero e seco, e a pele torna-se áspera, grossa, seca e escamosa. Em muitos casos desenvolve-se a síndroma do canal cárpico, que provoca formigueiro ou dor nas mãos. O pulso torna-se mais lento, as palmas das mãos e as plantas dos pés aparecem um pouco alaranjadas (carotenemia) e a parte lateral das sobrancelhas solta-se lentamente. Algumas pessoas, sobretudo os adultos, ficam esquecidas e parecem confusas ou dementes, sinais que facilmente se podem confundir com a doença de Alzheimer ou outras formas de demência.

Causas do hipotireoidismo

Os motivos de uma pessoa se tornar hipotireóide podem ser divididos em duas classes, causas naturais (ou seja, o hipotireoidismo é causado pelo próprio corpo) e como resultado de fatores externos. Um exemplo de fator externo que pode levar ao hipotireoidismo é a remoção da tireóide.
Comumente isto está relacionado com o tratamento de câncer de tireóide. Na maioria das pessoas que têm câncer de tireóide, a tireóide é removida totalmente ou em parte; isto se chama tireoidectomia total ou parcial. Depois de uma tireoidectomia, a tireóide deixa de produzir hormônios tireoideanos em quantidade suficiente e a pessoa se torna hipotireóide. No entanto, existe medicação hormonal disponível que repõe o T3 e o T4 (em comprimidos) e recupera o nível natural de maneira análoga ao tratamento do hipotireoidismo natural. Leva algum tempo para o corpo se ajustar a esta medicação e, para cada pessoa, existe um nível adequado de tratamento. Por isso, vai levar algum tempo até chegar ao nível apropriado para você.

Objectivos do tratamento do hipotireoidismo

Os objectivos do tratamento do hipotireoidismo são:
  • Repor a produção hormonal tireoidiana,
  • Evitar a tireotoxicose iatrogênica,
  • Tratar as complicações sistêmicas do hipotireoidismo grave.

Diagnóstico do hipotireoidismo

Deve-se suspeitar de hipotireoidismo em pacientes com queixa de fadiga, intolerância ao frio, constipação e extremidades frias. Para confirmar o diagnóstico, é necessário solicitar um exame de sangue.
Em pacientes com hipotireoidismo, observam-se níveis reduzidos de hormônios tireoideanos (T3 e T4). Nos estágios iniciais, entretanto, esses valores podem ser normais. Portanto, o principal exame para o diagnóstico de hipotireoidismo é a dosagem de TSH. Conforme descrito anteriormente, o TSH é secretado pela hipófise. Quando ocorre uma diminuição dos níveis de hormônios tireoideanos presentes na circulação, a hipófise libera uma maior quantidade de TSH para estimular a produção desses hormônios. Essa elevação dos níveis de TSH pode ser identificada alguns meses ou anos antes da redução nos níveis de T3 e T4 . Entretanto, uma exceção deve ser lembrada.
Se a deficiência de hormônios tireoideanos for provocada por alterações hipofisárias ou hipotalâmicas (condições conhecidas por hipotireoidismo secundário ou terciário), os níveis de TSH serão reduzidos. Um exame diferente, conhecido como teste do TRH, pode ajudar a diferenciar doenças causadas por alterações hipofisárias daquelas causadas por alterações hipotalâmicas. Esse exame, realizado por especialistas, requer a administração intravenosa.

Sindrome eutireoidiano doente

A função da tireóide em pacientes cronicamente doentes pode ser confusa. Muitas medicações, como o corticosteróide e dopamina, podem interferir com o resultado dos exames da função tireoidiana. Quando um paciente está gravemente doente ou em jejum, o corpo tende a compensar, diminuindo o metabolismo, que pode resultar em um T4 livre baixo e normal ou baixa concentração de TSH; caso seja possível, deverá determinar-se a concentração de T3 reverso, que poderá estar aumentada nesses pacientes.

Hipotireoidismo e Alterações endocrinas

Verifica-se com certa freqüência um atraso no aparecimento dos caracteres sexuais secundários.
Há entretanto, nas meninas, uma síndrome curiosa de hipotireoidismo associado à puberdade precoce que inclui telarca, pubarca e menarca precoces e galactorréia. Nestes casos, a terapia com HT estimula o crescimento e a maturação óssea e interrompe a menarca que só reaparece quando o organismo atinge maturidade suficiente para deflagrar a puberdade. A radiografia de crânio pode revelar sela turca aumentada, pois admite-se que nestes casos os baixos níveis de T-3 e T-4 levam a um aumento de produção não só de TSH mas também de outros hormônios hipofisários.

Hipotireoidismo e Alterações respiratórias

O hipotireóideo grave apresenta congestão nasal, rinorréia, drenagem pós-nasal, voz ou choro rouco devido ao espessamento das cordas vocais. Pode ocorrer morte por asfixia e a autópsia revela alterações mixedematosas da língua, epiglote e laringe. As crianças mixedematosas podem desenvolver retenção de CO2 caminhando para o coma mixedematoso e são particularmente sensíveis às infecções respiratórias.

Hormônios tireoideanos

São hormônios produzidos pela tireóide, uma glândula localizada na região inferior do pescoço.
A glândula envolve a traquéia e tem um formato semelhante a uma borboleta – sendo constituída por 2 lobos unidos pelo istmo. A tireóide produz hormônios a partir do iodo (obtido principalmente, em alimentos como frutos do mar, pães e sal).
Os hormônios mais importantes são a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), que constituem 99,9% e 0,1% dos hormônios tireoideanos liberados na circulação, respectivamente.
Entretanto, o hormônio com maior atividade biológica é o T3.
Após a liberação hormonal para a circulação, uma grande quantidade de T4 é convertida em T3 – o hormônio com maior efeito sobre o metabolismo celular.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo, uma perturbação em que a glândula tireóide está hiperativa, desenvolve-se quando a tiróide produz demasiada quantidade de hormônios.
O hipertireoidismo tem várias causas, entre elas as reações imunológicas (possível causa da doença de Graves). Os doentes com tireoidite, uma inflamação da glândula tireóide, sofrem habitualmente uma fase de hipertireoidismo. Contudo, a inflamação pode lesar a glândula, de tal maneira que a atividade inicial, superior à normal, é o prelúdio de uma atividade deficiente transitória (o mais frequente) ou permanente (hipotireoidismo).
Os nódulos tóxicos (adenomas), zonas de tecido anômalo que crescem dentro da glândula, eclodem por vezes os mecanismos que controlam a glândula e produzem, por conseguinte, hormônios em grandes quantidades. Um doente pode ter um nódulo ou vários. A este respeito o bócio tóxico multinodular (doença de Plummer), uma perturbação em que há muitos nódulos, é pouco frequente nos adolescentes e adultos jovens e o risco de a sofrer tende a aumentar com a idade.
No hipertireoidismo, em geral, as funções do corpo aceleram-se. O coração bate mais depressa e pode desenvolver um ritmo anômalo, e o indivíduo afetado pode chegar a sentir os batimentos do seu próprio coração (palpitações). Também é provável que a pressão arterial aumente. Muitos doentes com hipertireoidismo sentem calor mesmo numa habitação fria, a sua pele torna-se úmida, já que tendem a suar profusamente, e as mãos podem tremer. Sentem-se nervosos, cansados e fracos, e apesar disso aumentam o seu nível de atividade; aumenta o apetite, embora percam peso; dormem pouco e evacuam frequentemente, algumas vezes com diarréia.
Os idosos com hipertireoidismo podem não apresentar estes sintomas característicos, mas têm o que por vezes se chama hipertireoidismo apático ou oculto. Simplesmente tornam-se fracos, sonolentos, confusos, introvertidos e deprimidos. Os problemas cardíacos, especialmente os ritmos cardíacos anômalos, observam-se muitas vezes nos pacientes de idade avançada com hipertireoidismo.
O hipertireoidismo também provoca alterações oculares: edema em torno dos olhos, aumento do lacrimejamento, irritação e uma sensibilidade à luz. Além disso, o doente parece olhar fixamente.

Causas do Hipotireoidismo primário

No hipotireoidismo, o prejuízo à produção dos hormônios tireoidianos pode ser primário, causado por ausência ou perda do tecido tireoidiano, ou por distúrbio na biossíntese hormonal.
O hipotireoidismo mais comum é o primário, cujas principais causas são disgenesia de tireoide, defeitos de síntese hormonal, deficiência endêmica de iodo, e tireoidite autoimune. As três primeiras causas levam a hipotireoidismo congênito, cuja incidência em nascidos vivos é em torno de 1:3500.
Esta alta incidência e a necessidade do diagnóstico neonatal urgente tornam a doença uma questão de saúde pública.

Hipotireoidismo Secundário e Terciário

O Hipotireoidismo Secundário e Terciário são mais raros, representando menos de 1% dos casos. (Cecil,2009).´São gerados pela deficiência da tireoide resultante de estímulo inadequado pelo TSH.
Têm baixo nível de TSH, que pode ser caudado por uma deficiência de TRH.

Etiologias:
  • Secreção insuficiente de TSH e TRH
  • Tumores
  • Irradiação
  • Inflamações
  • Hipopituitarismo
  • Cirurgia hipofisária
  • Radiação hipofisária
  • Appoplexia hemorrágica (síndrome de Sheehan)
  • Infiltração: Tuberculose, Infecção fúngica

Hipotireoidismo primário

O hipotireoidismo primário é o mais comum, 95% dos casos (Cecil,2009), sendo maais prevalente em brancos do sexo feminino. Tem como causa a síntese interrompida de T3 e T4.

Se subdivide em:
  • Manifesto- Nível elevado de TSH em conjunto com nível de T4 abaixo do valor de referência.
  • Leve ou subclínica- Nível de TSH modestamente elevado e T4 abaixo dos níveis de normalidade.
Etiologias e Patogenias:

1)Tecido tiroidiano insuficiêntemente funcionante
  • Ausência congênita de tecido tiroidiano
  • Destruição auto-imune (tireodite de Hashimoto)
  • Ablação do tecido por radiação
  • Destruição infiltrativa de tecido tiroidiano
  • Hemocromatose
  • Esclerodermia
  • Amiloidose
2) Comprometimento da síntese hormonal tiroidiana
  • Deficiência de iodo
  • Defeito enzimático congênitos que interrompem a síntese dos hormônios • Inibição, mediada por drogas, da produção e liberação dos hormônios
  • Tionamidas
  • Lítio
  • Aminoglutemida

Classificação do hipotireoidismo

O hipotireoidismo é geralmente classificado em 3 tipos nomeadamente:

Fatores de Risco do hipotireoidismo

Os principais fatores de risco do hipotireoidismo são os seguintes:
  • Idade acima de 60 anos
  • Sexo Feminino
  • Doença nodular tiroidiana
  • História Familiar
  • História de radioterapia de cabeça e pescoço
  • Doença auto-imune
  • Baixa ingestão de iodo
  • Sindrome de Down
  • Hepatite C

O que é o hipotireoidismo

Sua glândula tireóide está localizada na base do pescoço. A função da glândula tireóide é produzir, armazenar e liberar hormônios da tireóide para a circulação sangüínea. Estes hormônios têm um papel importante na maneira como o seu corpo funciona.
Seus hormônios tireoideanos, também denominados T3 e T4, controlam o mecanismo do seu corpo e as funções dos seus órgãos.
Em alguns casos, a tireóide não funciona corretamente em seu estado natural; em outros, a tireóide pode não funcionar normalmente devido a fatores externos. Se a sua tireóide não é capaz de produzir hormônios em quantidade suficiente, seu corpo torna-se menos ativo. Nesse caso, diz-se que a glândula tireóide está sub-ativa e temos o que se chama uma pessoa hipotireóide. Por outro lado, a glândula tireóide pode estar super-ativa, o que significa que está produzindo excesso de hormônios e acelerando o seu corpo. Nesse caso, diz-se que a pessoa é hipertireóide.

Assim, podemos definir de forma simples o coneceito de hipotireoidismo:
  • É uma síndrome clínica resultante da produção ou ação deficiente dos hormônios tiroidianos.
  • Leva a uma lentificação dos processos metabólicos.
  • Pode ser causado por deficiência de produção de T3 e T4 ou função ineficiente de TSH

Tratamento do hipotireoidismo congênito

O tratamento do hipotireoidismo congênito é simples e é realizado com a reposição dos hormônios da tireoide.
Esta reposição é feita por via oral e o tratamento, se realizado corretamente, é altamente efetivo e controla todos os sintomas da doença.

IMPORTANTE: O TRATAMENTO DO HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO DEVE SER REALIZADO PRECOCEMENTE E ININTERRUPTAMENTE para que o sucesso terapêutico possa ser obtido.
SE NÃO TRATADO ADEQUADA E PRECOCEMENTE O HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO PODE LEVAR À IMPORTANTE E IRREVERSÍVEL RETARDO MENTAL